Ícone do site Versículos Diário

A Carruagem de Deus

É verdade que Apocalipse tem vários números simbólicos, mas alguns números são literais. Por exemplo,

Campo amplo da nebulosa da águia. Imagem do telescópio Hubble

Todas as rodas da providência giram no sentido da salvação do povo de Deus

O fato de Deus, no governo da criação, usá-la para o bem de seu povo é apresentado de forma excelente em Deuteronômio 33.26: “Não há outro, ó amado, semelhante a Deus [Jeshururm] que cavalga sobre os céus”. O universo inteiro é uma carruagem ou máquina que Deus criou para uso próprio, conforme representado na visão de Ezequiel. O trono de Deus é o céu, onde ele está assentado e de onde governa, conforme Ezequiel 1.22,26-28. A parte inferior da criação – este universo visível, sujeito a mudanças contínuas e revoluções – constitui as rodas da carruagem. A providência de Deus – suas revoluções, suas alterações e seus acontecimentos sucessivos – é representada pelo movimento das rodas da carruagem, impelidas pelo Espírito daquele que está assentado no seu trono nos céus ou acima do Armamento. Moisés revela o motivo pelo qual Deus move as rodas da sua carruagem ou anda nesta, assentado no seu trono celestial, e com que fim ele avança ou realiza essa jornada, ou seja, a salvação do seu povo.

 

O julgamento de Deus sobre os perversos visa à felicidade definitiva do povo de Deus

 

Os julgamentos de Deus sobre os perversos deste mundo e também a condenação eterna deles no mundo por vir têm por objetivo a felicidade do povo de Deus. O mesmo se aplica aos seus julgamentos sobre eles neste mundo. Isaías 43.3,4: “Porque eu sou o SENHOR, teu Deus, o Santo de Israel, o teu Salvador; dei o Egito por teu resgate e a Etiópia e Sebá, por ti.

Visto que foste precioso aos meus olhos, digno de honra, e eu te amei, darei homens por ti e os povos, pela tua vida”.

Também as obras da justiça e ira vingadoras de Deus são referidas como obras de misericórdia para com o seu povo no Salmo 136.10,15,17-20 [“Àquele que feriu o Egito nos seus primogênitos, porque a sua misericórdia dura para sempre; … mas precipitou no mar Vermelho a Faraó e ao seu exército, porque a sua misericórdia dura para sempre;… àquele que feriu grandes reis, porque a sua misericórdia dura para sempre; e tirou a vida a famosos reis, porque a sua misericórdia dura para sempre; a Seom, rei dos amorreus, porque a sua misericórdia dura para sempre; e a Ogue, rei de Basã, porque a sua misericórdia dura para sempre”].

O mesmo se aplica à condenação eterna no outro mundo. Romanos 9.22,23: “Que diremos, pois, se Deus, querendo mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita longanimidade os vasos de ira, preparados para a perdição, a fim de que também desse a conhecer as riquezas da sua glória em vasos de misericórdia, que para glória preparou de antemão…?”.

Fica evidente que o último versículo é ligado aos anteriores a fim de apresentar outro motivo para a destruição dos perversos, ou seja, mostrar as riquezas da glória de Deus em vasos de misericórdia: graus mais elevados de glória e felicidade, satisfação nos deleites deles e uma percepção maior do seu valor e da graça abundante de Deus ao lhes conceder tais riquezas.

Sair da versão mobile